terça-feira, 1 de junho de 2010



MANIFESTO





Sim ao prazer sem custo.

Acatar, beber, dividir o bom

que venha feito o sol, gratuito



Quem sabe se o dom, o sem-razão

e o sem-motivos possam mais

do que exigimos. Nem se duvide



do que é capaz a coincidência

entre coisas. Nesse mundo

em que génios são servos de si mesmos,



pratique-se o descanso, para

que o fogo nunca esteja frio

e o coração passeie seus cavalos.





Por Eucanaã Ferraz

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. "Que o fogo nunca esteja frio"!!!

    Este poeta é demais, amo sua Poesia.

    Um beijo, António.

    Carmen Silvia Presotto

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  3. Olá, António.
    Há tempos não comento, embora visite sempre, mas este poema... instigante.
    Este poema, na minha visão, retrata um dilema humano muito grande, é um poema muito bom, como que um tapa com luva de pelica. Uma advertência de vida.
    Sublinho, com especial atenção, o final do poema onde ele diz:
    "Nesse mundo em que génios são servos de si mesmos, pratique-se o descanso, para que o fogo nunca esteja frio e o coração passeie seus cavalos."
    O sentido da vida e dos afazeres ficam em xeque neste texto. Bela escolha.
    Grande abraço, António.

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