domingo, 20 de junho de 2010



RETRATO DE UMA NOVA IORQUINA Nº 6


(Helen Levitt. Nova Iorque. 1982)





São dois tempos que se encontram



ela debruça-se sobre a janela de um táxi

onde se senta mas não se vê o país

esquecido do motorista



a sua roupa

o chapéu o casaco a saia

conserva todos os anos desde que

há muito se perdeu da sua passagem



traz na mão um grande embrulho

atado em cordel

onde guarda todos os anos que não quis

contar para a frente.





Por António Amaral Tavares
(Ler mais poemas desta série em http://vidraguas.com.br/wordpress/)

1 comentário:

  1. Um abraço entre mares António, obrigada pela cománhia e seguimos conVersando aqui e em Vidráguas.

    Carmen Silvia Presotto

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