sábado, 12 de junho de 2010
POEMA
Alguma coisa onde tu parada
fosses depois das lágrimas uma ilha
e eu chegasse para dizer-te adeus
de repente na curva duma estrada
alguma coisa onde a tua mão
escrevesse cartas para chover
e eu partisse a fumar
e o fumo fosse para se ler
alguma coisa onde tu ao norte
beijasses nos olhos os navios
e eu rasgasse o teu retrato
para vê-lo passar na direcção dos rios
alguma coisa onde tu corresses
numa rua com portas para o mar
e eu morresse
para ouvir-te sonhar
Por António José Forte
Música de Bob Dylan
Interpretação de Them
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Amei a poesia, amei a música, as imagens e vou correndo atrás deste poeta para conhecer mais de sua poesia.
ResponderEliminarUm beijo
Carmen Silvia Presotto
O que dizer?Talvez o próprio do amor seja o desejo de ouvir sonhar o outro, de cada mar.Belíssimo!
ResponderEliminarbeijo
Adriana Bandeira