domingo, 13 de junho de 2010



RETRATO DE UMA NOVA IORQUINA Nº 5


(Cindy Sherman. Sem título, fotograma nº 21. 1978)





Vive por baixo da luz do pequeno chapéu que usa

não conhece bem a cidade

a verticalidade dos edifícios sobre o sangue

a sujidade



viaja de avião de um ponto para o outro

entre as vozes que a habitam.






Por António Amaral Tavares
(Ver mais poemas desta série em http://vidraguas.com.br/wordpress/)

1 comentário:

  1. Viver entre as vozes é quase uma inexistência!Mas a denúncia é de que vive,apesar de não.Ainda compõe a Polis, embora não a tenha como sonho.Certamente é universal o tamanho de doçura desta poesia que recai sobre nós, por habitarmos,muitas vezes,apenas nosso chapéu de sol.
    Adriana Bandeira

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