quarta-feira, 16 de junho de 2010



OUTUBRO






Aos olhos recém-chegados de outro mês esta

luz matinal atemoriza. parece antes

a última da tarde ou de tão deslocada

a que acende a noite fantasma dos eclipses.



Ela beijando-me as pálpebras sorriu do

meu temor: coitadinho vê lá se o outono

te come; e sem o sacudir dos nossos ombros

onde ele de facto pousara e nos comia.






Por António Gregório

2 comentários:

  1. oi
    o tempo nos come numa refeição diferente.Morde,molda, carnívoro que é.Mas, sabem...o tempo nos mostra outro e outro, que o dizer é.
    beijo
    Adriana Bandeira

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  2. Que bela cronoSlogia poética, com ela sigo acendendo meus fantasmas a mais versos...

    Um beijo António, um beijo Adriana!!!

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