segunda-feira, 1 de março de 2010



A NOVIDADE É A MORTE



na palavra, nada daquilo, lápide de paixão.

no papel, epitáfios, fendas para novidade.



Eugênia Fraietta





Quando a palavra esgarçou

os músculos entre nós.

Quando a hérnia ameaça romper

os últimos fios do tecido.

Quando traça esburacou

a delicadeza da trama,

Quando o verbo

inocula a doença,

escurece por dentro,

empalidece por fora

e só inaugura a hemorragia.

A novidade é a morte

isso, também, o que a palavra cria.






Por Fernanda Marra
Imagem de AAT

1 comentário:

  1. Fernanda,
    Bom te ver por aqui. O António é desses que nos acolhem bem.
    Parabéns pelo poema.
    Parabéns pela escolha, António.
    Grande abraço.

    Ivan Bueno
    blog: Empirismo Vernacular
    www.eng-ivanbueno.blogspot.com

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