DA ORDEM INESPERADA
Nunca houve isso,
uma página em branco.
No fundo, todas gritam,
pálidas de tanto.
Paulo Leminski
Dias diversos:
roupa seca no varal
vestindo fantoches sem corpos,
café esfriando na xícara
e dedo nenhum de prosa.
Dias inversos:
no varal não sobra linha,
a roupa mal torcida
escorre a tinta a mancha a nódoa.
Redunda a saliva e também pinga,
onde o sol não, desbota.
Clara de cegar os olhos
a porcelana suja da xícara
espreita pálida a página inaudita
e inaugura invisível
polifonia afinada de vozes.
Por Fernanda Marra
(Mais poesia sua em http://www.mareseressacas.blogspot.com/)
Nunca houve isso,
uma página em branco.
No fundo, todas gritam,
pálidas de tanto.
Paulo Leminski
Dias diversos:
roupa seca no varal
vestindo fantoches sem corpos,
café esfriando na xícara
e dedo nenhum de prosa.
Dias inversos:
no varal não sobra linha,
a roupa mal torcida
escorre a tinta a mancha a nódoa.
Redunda a saliva e também pinga,
onde o sol não, desbota.
Clara de cegar os olhos
a porcelana suja da xícara
espreita pálida a página inaudita
e inaugura invisível
polifonia afinada de vozes.
Por Fernanda Marra
(Mais poesia sua em http://www.mareseressacas.blogspot.com/)
Imagem de AAT
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