sábado, 20 de março de 2010



NUMA ESTAÇÃO DE METRO





Desventurados os que avistaram

uma rapariga no Metro



e se apaixonaram de repente

e a seguiram enlouquecidos



e a perderam para sempre entre a multidão



Porque serão condenados

a vaguear sem rumo pelas estações



e a chorar com as canções de amor

que os músicos ambulantes cantam nos túneis



E se calhar o amor não é mais do que isso:



uma mulher ou um homem que sai de uma carruagem

numa qualquer estação de Metro



e resplandece por uns segundos

e desaparece na noite sem nome





Por Óscar Hahn
Tradução de Lp, Do trapézio, sem rede

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