segunda-feira, 26 de abril de 2010



SECO NO MOLHADO





Sabe o que faz

recolhe-se no obscuro, desconhecido

não se deixa escapar

resigna-se

sabe o que faz

execra, insulta

ergue uma parede

suja, marcada

pintura fresca

cimentada, bloqueada

não sabe o que faz

ambiciona, procura, deseja, espera

não encontra

não sabe o que faz

mas vive a dizer que sabe.





Por Pedro Paulo
(Ler mais poesia sua em http://hermeticidadeconcisa.blogspot.com/)
Fotografia de Robert Parkeharrison



3 comentários:

  1. António, que bom esta publicação!!!

    Seguindo a ti, li o poema e cheguei a pedir o endereço do poeta para poder publcar em Vidráguas, mas agora o tenho aqui, que bom!!

    Um beijo amnigo e companheiro.

    Carmen Silvia Presotto

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  2. Esse meu comentário aqui deve-se a um motivo muito simples: a imensa honra de ter um texto meu publicado por você, António.
    Muito obrigado!
    Abraços.

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  3. O mérito pertence todo a si, Pedro Paulo.
    A honra é minha.

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