
AS ESCADAS DE INCÊNDIO
(Autor não identificado. Escadas de incêndio em ferro. Data desconhecida)
Há algo de indiscreto nesta fotografia
no brando sentar da tarde
um esgar de medo se descobre
é a interrupção de um muro
assim tão intestinal e exposto
neste rosto irremediável da cidade
encontrou-se ao que parece
a sua dimensão interior
aquela que mais fala aos seus habitantes
o belo que guarda em si
acontece muito nesta cidade de todos
começou no rosto a palavra
mas não foi morrer aí.
Por António Amaral Tavares
(Ler mais poemas desta série em http://vidraguas.com.br/wordpress/ )
António, mais uma vez, muito obrigada por esta partilha... É um lindo poema.
ResponderEliminarUm abraço
Cláudia
Viva Cláudia, obrigado pela leitura.
ResponderEliminarUm abraço
António