domingo, 25 de abril de 2010
AS ESCADAS DE INCÊNDIO
(Autor não identificado. Escadas de incêndio em ferro. Data desconhecida)
Há algo de indiscreto nesta fotografia
no brando sentar da tarde
um esgar de medo se descobre
é a interrupção de um muro
assim tão intestinal e exposto
neste rosto irremediável da cidade
encontrou-se ao que parece
a sua dimensão interior
aquela que mais fala aos seus habitantes
o belo que guarda em si
acontece muito nesta cidade de todos
começou no rosto a palavra
mas não foi morrer aí.
Por António Amaral Tavares
(Ler mais poemas desta série em http://vidraguas.com.br/wordpress/ )
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António, mais uma vez, muito obrigada por esta partilha... É um lindo poema.
ResponderEliminarUm abraço
Cláudia
Viva Cláudia, obrigado pela leitura.
ResponderEliminarUm abraço
António