quarta-feira, 14 de abril de 2010



MÁCULA





Desprovido de mácula mancho o passo

com sangue: acetinado preço

do inocente declarado; o pecado

urdido em mortes se rebela

contra o antagonismo da verdade;

o sangue jorra minha vida esvaída

ao sentido de me dizer libertado;

maculo histórias em interpretações

despropositadas, reinvento atos

de coragem em paródias

prosódias



sarcasmo

desprovido em mácula.



O sangue cessa o alvor

do corpo despropositado.





Por Pedro Du Bois
(Ler mais poesia sua em http://pedrodubois.blogspot.com/ )
Fotografia de Robert Parkeharrison

2 comentários:

  1. Bem-vindo Pedro Du Bois.
    O blogger não me permitiu dar a distribuição e espaçamentos originais dos versos.
    Se não pretender assim, avise-me por favor
    Abraços

    António

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  2. Caro António, agradeço sobremaneira a gentileza da divulgação. Quanto ao espaçamento, sabemos, as palavras naturalmente - ou não - se ajustam ao espaço que lhes destinamos, sem prejuízo algum. Abraços, Pedro.

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