PODEROSA
eu posso me perder em um segundo
um vacilo
um silêncio curto
um atraso de telefonema
e não reconhecer mais nada
e nem saber como voltar
e perder a memória de como tinha me levantado
eu posso coisas que nem sei
eu posso viver um século como um farrapo roto dechirrado trapo de
gente sem tino sem brio sem senso nesta tarde de espera vã
- eu adoro esta palavra vã –
e achar que me perdi de novo
e nunca mais querer nascer – eu nunca mais vou nascer
eu posso me desfazer
eu posso nunca mais encontrar o caminho de volta
eu posso me maquiar e ninguém suspeitar que passo horas na frente
do espelho me camuflando de mim
eu posso nunca pedir ajuda nem confessar meus trincados a quem
mais amo
e nada pode me salvar disso que sou
Por Eugênia Fraietta
Ler mais poesia sua em http://bichodesetecabecas-ge.blogspot.com/
eu posso me perder em um segundo
um vacilo
um silêncio curto
um atraso de telefonema
e não reconhecer mais nada
e nem saber como voltar
e perder a memória de como tinha me levantado
eu posso coisas que nem sei
eu posso viver um século como um farrapo roto dechirrado trapo de
gente sem tino sem brio sem senso nesta tarde de espera vã
- eu adoro esta palavra vã –
e achar que me perdi de novo
e nunca mais querer nascer – eu nunca mais vou nascer
eu posso me desfazer
eu posso nunca mais encontrar o caminho de volta
eu posso me maquiar e ninguém suspeitar que passo horas na frente
do espelho me camuflando de mim
eu posso nunca pedir ajuda nem confessar meus trincados a quem
mais amo
e nada pode me salvar disso que sou
Por Eugênia Fraietta
Ler mais poesia sua em http://bichodesetecabecas-ge.blogspot.com/
Li recentemente no blog da autora. Um arraso!
ResponderEliminarÉ...e somos tantos e apenas um.
ResponderEliminarlindíssima a poesia.
Adriana Bandeira