O HOMEM QUE VINHA AO ENTARDECER
(Ouvindo “Sonho de Um Camponês”, por Teta Lando)
Falava com devagar, ajeitando as
palavras. Falava com cuidado,
houvesse lume entre as palavras.
Chegava ao entardecer, os sapatos
cheios de terra vermelha e do perfume
dos matos.
Cumpria rigorosamente os rituais.
Batia primeiro as palmas (junto
ao peito)
Depois falava.
Dos bois, das lavras, das coisas
simples do seu dia-a-dia. E todavia
era tal o mistério das tardes quando
assim falava
(Ouvindo “Sonho de Um Camponês”, por Teta Lando)
Falava com devagar, ajeitando as
palavras. Falava com cuidado,
houvesse lume entre as palavras.
Chegava ao entardecer, os sapatos
cheios de terra vermelha e do perfume
dos matos.
Cumpria rigorosamente os rituais.
Batia primeiro as palmas (junto
ao peito)
Depois falava.
Dos bois, das lavras, das coisas
simples do seu dia-a-dia. E todavia
era tal o mistério das tardes quando
assim falava
que doía.
Por José Eduardo Agualusa
Hey, falar ajeitando as palavras é genial, um cuidado que deveríamos aplicar sempre!
ResponderEliminarE viste o e-mail com os poemas e capa de Postigos, tomara que sim.
Um beijo amigo e seguimos.