CLAMOR SANITÁRIO
tem caco da minha carcaça por toda cidade
o monturo dos meus membros se amontoa nas ruas do bairro
o chorume desce fétido ladeira abaixo cabelos sangue lágrimas soluços náusea
os lixeiros já avisaram ao prefeito que não há caminhões suficientes
evito sair de casa pra não me deixar por aí
-recolher-me nos meus domínios já é por demais constrangedor-
o que já deixei pelas ruas me excede em centenas de mim
-ao que parece, para o caso, não há como estabelecer limite-
portanto, tenha piedade e desabite de mim
muito agradecida
Por Eugênia Fraietta
Ler mais poesia sua em http://bichodesetecabecas-ge.blogspot.com/
Fotografia de Alyssa Monks
tem caco da minha carcaça por toda cidade
o monturo dos meus membros se amontoa nas ruas do bairro
o chorume desce fétido ladeira abaixo cabelos sangue lágrimas soluços náusea
os lixeiros já avisaram ao prefeito que não há caminhões suficientes
evito sair de casa pra não me deixar por aí
-recolher-me nos meus domínios já é por demais constrangedor-
o que já deixei pelas ruas me excede em centenas de mim
-ao que parece, para o caso, não há como estabelecer limite-
portanto, tenha piedade e desabite de mim
muito agradecida
Por Eugênia Fraietta
Ler mais poesia sua em http://bichodesetecabecas-ge.blogspot.com/
Fotografia de Alyssa Monks
Há momentos que o eu explode, depois vem a poesia e recolhe todos os momentos e bem, como sempre nos poema de Eugênia.
ResponderEliminarUm beijo e bom final de semana.