PRECES DE UM POETA EM FASE DE BERÇÁRIO
que onde houver fronteira,
eu tenha muita asa!
que carolina consiga encontrar
sua sombrinha cor-de-rosa
perdida pela casa!
pois, antes, em mim havia
um acúmulo de silêncios,
uma demora profunda
do punhal no peito,
uma dor-dor como a de um
caminhão de crianças
caindo na ribanceira,
mas hoje nada temo:
nem um trem de ferro dentro da insônia
nem um avião dentro da turbulência
embora eu não me veja como
um deus lembrado
das coisas ainda não-inventadas,
vou sendo um poeta impublicável:
à beira de ser tudo,
consigo ser só
quase
– embora, por vezes, feliz
como o primeiro cego
a ouvir gramofone
Por Wilson Nanini
Ler mais poesia sua em http://wilsonnanini.blogspot.com/
que onde houver fronteira,
eu tenha muita asa!
que carolina consiga encontrar
sua sombrinha cor-de-rosa
perdida pela casa!
pois, antes, em mim havia
um acúmulo de silêncios,
uma demora profunda
do punhal no peito,
uma dor-dor como a de um
caminhão de crianças
caindo na ribanceira,
mas hoje nada temo:
nem um trem de ferro dentro da insônia
nem um avião dentro da turbulência
embora eu não me veja como
um deus lembrado
das coisas ainda não-inventadas,
vou sendo um poeta impublicável:
à beira de ser tudo,
consigo ser só
quase
– embora, por vezes, feliz
como o primeiro cego
a ouvir gramofone
Por Wilson Nanini
Ler mais poesia sua em http://wilsonnanini.blogspot.com/
Me identifiquei muito com este poema. sempre somos versos saindo de berçãrios, sempre somos novos em poesia... um beijo António e desejo de uma boa semana.
ResponderEliminarObrigada pelo e-mail e parabéns por todas as novidades.
Carmen.
Tudo bem, António? como está o curso, quando der escreva sobre os encontros poéticos.
ResponderEliminarBeijos, bom dia!
Carmen.