RETRATO DE UMA NOVA IORQUINA Nº 1
(Louis Faurer. Sem título. 1948)
O casaco sintético parece ter estampada
a pele de um animal que ela não sabe
mas talvez não exista dando-lhe de todo
uma aparência de pássaro frágil
a mão rude as unhas pintadas
segura um cigarro que chupa
entre fumo e cinza
as feições são magras abandonadas
à geometria da cidade
parece olhar uma montra –
o cabelo claro
apanhado à frente e solto atrás
guarda todo o erro dos sonhos.
Por António Amaral Tavares
(Ler mais poemas desta série em http://vidraguas.com.br/wordpress/ )
(Louis Faurer. Sem título. 1948)
O casaco sintético parece ter estampada
a pele de um animal que ela não sabe
mas talvez não exista dando-lhe de todo
uma aparência de pássaro frágil
a mão rude as unhas pintadas
segura um cigarro que chupa
entre fumo e cinza
as feições são magras abandonadas
à geometria da cidade
parece olhar uma montra –
o cabelo claro
apanhado à frente e solto atrás
guarda todo o erro dos sonhos.
Por António Amaral Tavares
(Ler mais poemas desta série em http://vidraguas.com.br/wordpress/ )
Obrigada, António, por este poema tão vivo!
ResponderEliminarAbraço
Cláudia
Obrigado pela leitura, Clãudia. Os seus comentários são sempre bem-vindos.
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