UM CONTO EM TERRACOTA
Rita acordou cedo
e encontrou o sol ainda a caminho.
Com a autoridade que tem os sábios
e aqueles que decifram as luas,
falou-lhe com a voz de sereno e baobás:
- Hoje, não.
Eu quero chuva sobre
argila do sonho que eu estou moldando.
Ele a obedeceu e voltou-se para o oriente
assim como fazem aqueles
quando ouvem a voz de quem amam.
Os meteorologistas
não entenderam a súbita mudança do tempo.
A chuva riu-se do termo ”à esclarecer”.
O sol tomou o tempo para descansar.
No dia seguinte,
teria um sonho imenso para cozer.
Por Anna Ehre
Falarei à vontade para dizer que me senti à vontade nesta casa. Muito obrigada pela acolhida! O Garoa, ainda começando a dar seus primeiros passos, pede licença para acompanhar este caminhar. E o Cântaro mais do que honrado pela tua visita. Um grande abraço!
ResponderEliminarSabe Ehre? Eu só recentemente descobri que tudo o que tenho escrito até aqui, está errado. Eu também vivo aprendendo e desaprendendo. Por isso, a maior honra cabe a mim por tê-la como seguidora do meu blog. Abraços para si e obrigado pela leitura.
ResponderEliminarSonhos terracotas nestes versos cerzidos de humanidade e lirismo...que belo poema. Um beijo António, bom domingo, boa semana e sempre carinho.
ResponderEliminarCarmen.