sábado, 8 de janeiro de 2011



O PARTO DE UMA PEDRA






O parto de uma pedra

é realmente um espectáculo

para uma vida inteira.



E há ainda o sol

e a sua vergonhosa incompatibilidade

com a lua.



Mas hoje estou triste como se fosse poeta

e é à sombra do vento que me acolho

puxando para os ombros

a nudez da paisagem.



Vêm os violinos

de muito longe

ouvir a neve.






Por Artur do Cruzeiro Seixas

1 comentário:

  1. Que nunca nos falte sombra para seguir escutando os violinos do vento.

    Um beijo e que poema, hein?

    Beijos

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