sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

PRÉSTIMO





Um gato não serve realmente

para nada, vão quase seis séculos

desde o tempo das caravelas

onde embarcou com os marítimos para

extermínio dos roedores que

infestavam o porão das naus. Agora

só o dorso oferece às carícias

ou ao regaço o peso

do pequeno corpo, ronronando

a grata beleza de existir.





Por Inês Lourenço

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