Quando eu desisti
de me matar
já era tarde.
Desexistir
já era um hábito.
Já disparara
a auto-bala:
cobra cega se comendo
como quem cava
a própria vala.
Já me queimara.
Pontes, estradas,
memórias, cartas,
toda saída dinamitada.
Quando eu desisti
não tinha volta.
Passara do ponto,
já não era mais
a hora exata
Por Frederico Barbosa
Sem comentários:
Enviar um comentário
fale à vontade