domingo, 30 de outubro de 2011











SUÍTE NÚMERO SEIS





É um grande incómodo não saber tocar
violoncelo que o pranto seria doutra
condição: ela gravíssima procurando
pela sala quieta de vez em vez sobre
o parapeito procurando procurando
na lida da luz entre as ramagens a nossa
sentença enquanto eu antecipado – a dor
em arco – ressumava contra as cordas o
adeus.

E a tristeza imensa ser-me-ia então como
tijolo de subir paredes ao invés
desta mais triste ainda – se nunca lhe achei
o préstimo – que por dentro vai corrompendo
corrompendo; podia dá-la já pensei
nisso: que talvez ma aceitasse o senhor
Rostropovitch.



Por António Gregório

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