sábado, 8 de dezembro de 2012







dylan thomas deu-me o pintassilgo para cantar
o meu pranto. o pintassilgo entrou pelo sol
da manhã e ficou ali parado uma eternidade.
quedo ao pé da minha alma. as asas moviam os esqueletos
do meu ser. e meu ser estava afogado. imundo. longe
como um desterrado. e o que pode um desterrado calar.
o que é que não pode reclamar. um desterrado é quem
mais sofre no mundo. um desterrado tem de ter o pintassilgo
de dylan para fazer justiça. para matar a ditadura.
para não deixar de chover. é só isso o que pode
fazer um desterrado. quer dizer o meu coração.






Por Rogelio Guedea

2 comentários:

  1. António poeta querido!

    Que nossa pátria siga sendo o coração, acordes por onde tecemos o mundo com amor e, sabemos não ser fácil, mas com uma possível liberdade.

    Que os voos poéticos de teus versos alcancem todo sucesso que mereces. Ler, sentir, escrever, escrever, escrever...ler e um dia tecemos um livro.

    Gracias por me encaminhares um e sucesso sempre!!

    Boas Festas e sempre meu carinho.

    Carmen Silvia Presotto - Vidráguas!

    www.vidraguas.com.br

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  2. Nem cita o tradutor (eu), nem o lugar onde pescou
    (http://ruadaspretas.blogspot.pt/2012/12/rogelio-guedea-dylan-thomas-deu-me-o.html).
    É intencional? Ou distracção?

    A.M.

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