sábado, 3 de novembro de 2012








XI




Nunca nenhuma palavra
nenhum discurso
- nem Freud, nem Martí -
serviu para deter a mão
a máquina
do torturador.
Mas quando uma palavra escrita
na margem na página na parede
serve de alívio à dor de um torturado,
a literatura faz sentido.





Por Cristina Peri Rossi
Tradução de Luís Filipe Parrado, Do Trapézio Sem Rede

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