CONVERSA AO MEIO-FIO
A rua?
Não que fosse estreita
As mulheres é que conversavam largo
Coro que os homens não desperdiçavam
As janelas?
Possuíam a altura dos olhos
O parapeito, a extensão do vento
O passeio?
Tinha a medida dos pés
O que excedia não era medo
A avenida?
Não que seja larga
Os autos é que encolheram os rios
Os edifícios?
São mudos,
homens e mulheres
Não que fosse estreita
As mulheres é que conversavam largo
Coro que os homens não desperdiçavam
As janelas?
Possuíam a altura dos olhos
O parapeito, a extensão do vento
O passeio?
Tinha a medida dos pés
O que excedia não era medo
A avenida?
Não que seja larga
Os autos é que encolheram os rios
Os edifícios?
São mudos,
homens e mulheres
Por Anna Ehre
Fotografia de Sthel Braga
Os autos encolheram os rios e os edifícios nos emudeceram, esses são os costumes atuais. Um abraço, Yayá.
ResponderEliminarObrigado pela leitura, Yayá, é sempre um prazer a sua presença.
ResponderEliminarAntónio
Belo poema reflexivo, belas reflexões, metáforas. Um tom melancólico lírico e envolvente.
ResponderEliminarViva Ivan, obrigado pelo comentário. Faz falta por aqui. Este poema é de uma poeta, que encontrei na net, mas depois nunca mais fez qualquer comentário. O seu blog é cântarocantar e está na lista dos meus blogs favoritos. por vezes esqueço-me de colocar o link no final do poema.
ResponderEliminarUm abraço Ivan, obrigado pela leitura.
caro António, saiba que a casa que caminha também é a minha casa. Não posto comentários com a frequência com a qual eu gostaria, mas não deixo de vir aqui para encontrar poesia, tua e daqueles que tua imensa sensibilidade abriga. Deixo-te um grande abraço e sempre meu muito obrigada!
ResponderEliminarObrigado Ehre, por levantar o braço, aprecio muito as suas visitas assim com a sua poesia.
ResponderEliminarAbraços
António