domingo, 18 de julho de 2010



RETRATO DE UMA NOVA IORQUINA Nº 10


(Tod Papageorge. Quinta Avenida. 1970)





São quatro as mulheres



no desencontro dos olhares é esmagante

o embate em si mesmas



parecem escutar as areias secas de um deserto



lá atrás afastada

distinguindo-se pela distância a quarta

mulher encontra o seu rio



um homem



e despeja com um beijo

toda a água que guardou.





Por António Amaral Tavares
(Ler mais poemas desta série em http://vidraguas.com.br/wordpress/)

3 comentários:

  1. Num deserto não existe falta a menos que surja um leito e o torne o que sempre foi...mar de verdade.
    Adorei o poema,Antônio.agradecida.
    beijo
    Adriana Bandeira

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  2. Nunca tinha pensado nas coisas dessa forma, Adriana: onde há um deserto já houve um mar.
    obrigado pela leitura, a ti e ao Marcio.
    Abraços

    António

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